Lembrar da infância na vida corrida que tenho é um descanso e uma renovação. Lembro-me perfeitamente de quando tinha em torno de 07/08 anos. Tudo era magia, fácil e mentira. Uma mentira que se mostrava mais verdadeira do que a própria verdade. Era tão bom fingir ser um super-herói. Tudo estava ao alcance de minhas mãos, ao passo que tudo imaginava.
Brincar era viver. Brincava sempre com meu primo, Thiago. Ele era meio desmiolado, fingia mais do que eu. Morava a dois passos da minha casa; era muito fácil um estar na casa do outro e os dois no mesmo pátio. Dividimos o encantamento da infância, brincamos e compartilhamos figurinhas, bolinhas de gude, salgadinhos da Elma Chips (hiper-mega-super fedorento). A amizade e cumplicidade cresciam, e nós crescíamos juntos. Difícil pensar que já se passaram 20 anos. O tempo às vezes se torna cruel; toma da gente os melhores momentos da vida. O que salva é a memória, e é a ela que sou grata. Martha Medeiros resume melhor isso: "Vida é memória. Dei pra pensar que tudo que há de mais vivo em mim foi aquilo que já se foi. As pessoas mais importantes foram as que ficaram."
Cresci ao lado das pessoas que amo. Talvez essas pessoas não saibam disso, mas eu as amo.
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